quinta-feira, 10 de outubro de 2013

CRIMINALIZAR AS REVOLTAS É JOGAR O JOGO DA DIREITA, DA MÍDIA, E DA POLÍCIA

Criminalizar a revolta, isso sim, é fazer o jogo da direita. Entre a Globo, a polícia, e Sergio Cabral e Eduardo Paes, eu fico com as revoltas das ruas, mesmo que violentas.Claudia Costin, Secretaria de Educação do Município do Rio, tem um convênio com a Fundação Roberto Marinho, pela qual esta última recebe milhões de reais. Isto causa enorme perplexidade e revolta. E revolta é um sentimento que só se expressa em sua plenitude com alguma violência, verbal ou física. Alguns tem condições intelectuais, políticas e mesmo financeiras de expressar sua revolta através de manifestações escritas ou orais. Outros se expressam com outras armas.

ESQUERDA PARTIDÁRIA E SINDICAL SE BUROCRATIZARAM, E AS RUAS FALAM OUTRA LINGUAGEM...

Com a maioria dos partidos de esquerda entrincheirados na máquina dos governos municipal e estadual do Rio de Janeiro (e federal), e com os sindicatos imersos em suas bandeiras corporativas e interesses específicos, resto o que? Uma das razões da violência que levam jovens a aderirem a táticas black blocs é a sensação de opressão. Não há nenhum meio por onde se pode protestar contra o governo, a não ser enviando cartinhas para Globo, que não são publicadas, nem lidas na TV. Não digo que essas medidas conteriam os black blocs, mas poderiam minimizar a situação. Por que o sindicato dos professores aceitou a participação dos black blocs? Não seria porque sentiram-se isolados, oprimidos, cercados, pelo governo de um lado, e pela Globo de outro?

A HISTERIA CONDENATÓRIA CONTRA OS BLACK BLOCS

A histeria condenatória, de dedo em riste, mandado os black blocs se calaram, se domesticarem, só vai ajudar a direita na sua sanha de criminalizar as manifestações. Os preconceitos (e conceitos) pretensamente de esquerda com tinta revolucionária, de um grande número de militantes e intelectuais, só piora as coisas. O movimento black bloc adquiriu visibilidade enorme no Rio de Janeiro. Não nos resta outra saída senão procurar compreendê-lo. A repressão não adiantará muito, porque se se trata realmente de uma tendência com apoio popular de setores radicalizados e revoltados com esse jogo de cena da institucionalidade. A revolta é latente, e qualquer violência do Estado apenas servirá para legitimá-la ainda mais e fazê-la crescer

Importância do planejamento estratégico para para as entidades sindicais


" Importância do planejamento estratégico para para as entidades sindicais:Desafio de quem planeja é como executar! "

Helder Molina,Licenciado e Bacharel em História, Mestre em Educação, Doutor em Políticas Públicas e Formação Humana,
Professor da UERJ, Educador e Pesquisador Sindical, Consultor de Formação do SINPAF


No cotidiano de trabalho das entidades sindicais, um dos grandes desafios é o de planejar as ações, a partir dos objetivos que se pretende realizar. Como fazer com que as ações sugeridas, discutidas e aprovadas, sejam implementadas na prática

Por isso é fundamental discutir os recursos humanos, políticos e financeiros que temos disponíveis, para que as ações acontecem. Chamamos a isso de vontade política e capacidade de executar. As metas são os horizontes com que sinalizamos nossa caminhada, chamamos a esse horizonte de estratégia. Os passos que damos em frente, na direção dessas estratégias, as ferramentas que utilizamos, os instrumentos, enfim, chamamos de táticas.

Portanto, planejar significa definir horizontes, metas, e discutir e explicitar as táticas, ações e suas respectivas operações, para conquista-las. E trabalhar dentro dos parâmetros delimitados pelo que planejamos.

A analise de conjuntura, do contexto a que estamos inseridos, nos leva a conhecer e descobrir a realidade de um acontecimento ou de um quadro atual, de uma situação, para que tenhamos condições de interferir no seu processo e transforma-lo. Não existe planejamento sem análise de cenários, sem explicitar e analisar os aliados e os obstáculos que teremos ao longo da execução do que nos propomos a realizar.

Buscando identificar na realidade surgida o que a constitui, quais são os seus ingredientes, os seus atores e os interesses que estão em jogo. Como numa arena de luta, os cenários, é fundamental analisar a (co)relação de forças uma articulação de diversos atores, do seu poder da força política, de decisão, pois isso influencia a viabilidade e implementação do que planejamos.

Nesse contexto, as relações podem ser de confronto, de coexistência, de cooperação e estão sempre relevando uma relação de força de domínio, igualdade ou de subordinação. A relação de forças sofre mudanças permanentes. 9 - Outra questão fundamental é definir o que fazer, como fazer, quem é o responsável, e os prazos delimitados para sua execução.

Planejar e não executar é garantia certa de frustração, de esponteneísmo, de desorganização, de improvisação permanente. Por isso só devemos planejar o que formos capazes de realizar. Aquilo que está ao nosso alcance, isto é, na nossa governabilidade.

Planejamento é processo de busca de equilíbrio entre meios e fins, entre recursos e objetivos, visando ao melhor funcionamento das instituições públicas, organizações produtivas, associações populares, movimentos sociais, cooperativas e outras atividades humanas.

O ato de planejar é sempre processo de reflexão, de tomada de decisão sobre a ação; processo de previsão de necessidades e racionalização de emprego de meios [materiais] e recursos [humanos] disponíveis, visando à concretização de objetivos, em prazos determinados e etapas definidas, a partir dos resultados das avaliações.